Não apenas para 2023, mas como uma medida constante, os colaboradores esperam que as empresas adotem medidas eficientes de segurança no trabalho. É isso que garante um ambiente mais produtivo, criativo e agradável para a realização de suas funções dentro do espaço organizacional.

No período de dez anos compreendido entre 2012 e 2021, os acidentes de trabalho registrados no Brasil ultrapassaram 6,2 milhões e quase 23 mil pessoas morreram em ocorrências desse tipo, segundo informações divulgadas pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Os números, que já são alarmantes, podem ser ainda maiores devido a possíveis subnotificações de casos.

Vale ressaltar que a segurança no trabalho vai além dos acidentes. O tema aborda ainda as questões relacionadas às doenças ocupacionais e à saúde mental dos colaboradores. O fato é que não adotar medidas de segurança influencia diretamente na produtividade dentro das empresas: o relatório do Observatório aponta também que, no mesmo período, foram perdidos cerca de 469 milhões dias de trabalho  (o cálculo é feito a partir da soma de todo o tempo individual de afastamento no país).

Segurança do trabalho garante mais produtividade e saúde aos colaboradores. Crédito: mohamed_hassan/Pixabay

Isso sem contar ainda as indenizações e a imagem social negativa da empresa que pode ser gerada pela ocorrência de acidentes e causar queda nas vendas, por exemplo, – fatores capazes de causar prejuízos consideráveis às receitas das organizações.

A importância da segurança no trabalho

Em termos gerais, segurança no trabalho diz respeito a uma série de medidas que devem ser adotadas nas empresas com o objetivo de prevenir acidentes, doenças ocupacionais e transtornos mentais como ansiedade, depressão e burnout, por exemplo. O objetivo basal é proteger a saúde e a integridade física dos colaboradores.

São ações que promovem qualidade de vida dentro das empresas e, claro, ambientes mais agradáveis para os funcionários desenvolverem seu trabalho da melhor forma possível. Isso reduz o absenteísmo, cujas principais causas estão ligadas às questões de saúde física e mental e à falta de motivação.

Por questões óbvias, colaboradores que não se sentem seguros no ambiente de trabalho tendem a se sentir menos motivados no dia a dia laboral e isso pode causar pedidos de demissão, trazendo ainda prejuízos com o alto nível de rotatividade nas empresas.

Como melhorar a segurança no trabalho dentro das empresas?

Embora a adoção de medidas de segurança seja obrigatória no Brasil independentemente do porte da empresa, elas variam de acordo com as características da companhia e com os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos - e que podem resultar em acidentes ou provocar enfermidades.

No entanto, antes de determinar quais medidas de segurança no trabalho devem ser adotadas em cada organização, é essencial que os gestores conheçam a legislação vigente, incluindo as responsabilidades que empregador e funcionário têm em relação ao assunto. Isso porque, para além de oferecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), por exemplo, é indispensável que eles sejam utilizados da maneira correta.

Segurança do trabalho envolve ações em prol da saúde e prevenção de acidentes. Crédito: Moondance/Pixabay 

Sendo assim, comunicar aos colaboradores sobre o que deve ser feito para que os riscos de acidente sejam minimizados é uma medida muito importante no sentido de evitar problemas desse tipo. Campanhas, palestras e e-mails corporativos são instrumentos eficazes de comunicação entre a empresa e o funcionário.

Também é essencial que avaliações e análises sejam feitas com frequência pelos especialistas e técnicos de segurança no trabalho, a fim de que, caso seja necessário, sejam feitas alterações das medidas preventivas que visam  garantir um ambiente mais seguro para os colaboradores. E tem mais: fiscalizar a segurança e o cumprimento das normas é o que garante que tudo está sendo feito de acordo com o planejado. Por isso, o papel de fiscalização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) se torna tão importante neste contexto.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 5, a CIPA só é obrigatória em empresas com mais de 20 funcionários. No entanto, onde a Comissão Interna não é uma obrigação, pelo menos um colaborador deve receber treinamento para garantir o cumprimento das regras e normas em torno da segurança no trabalho. Esse funcionário é chamado de Designado CIPA.

A CIPA (ou o Designado) tem a função de planejar, implementar e fiscalizar a aplicação das medidas de segurança no trabalho, além de avaliar acontecimentos e imprevistos que podem colocar os colaboradores em risco.

Tudo isso deve ser discutido e elaborado com os engenheiros e médicos do trabalho a fim de que os resultados sejam satisfatórios. A Comissão é formada por representantes do empregador e dos empregados e a quantidade de membros da CIPA varia de acordo com o número de funcionários em atividades de risco.

Como a tecnologia pode ajudar na segurança no trabalho?

Diante do papel fundamental que os recursos tecnológicos já ocupam no dia a dia das empresas, a pergunta é: por que não usar a tecnologia como aliada para colaborar também dentro das empresas quando o assunto é segurança no trabalho?

Hoje as empresas contam com tecnologia em prol da segurança dos seus colaboradores.Crédito:DC Studio/Freepik

Por meio de sistemas e apps, é possível melhorar diversos fatores relacionados à segurança, já que esses recursos são capazes de, por exemplo, permitir a otimização de processos e até mesmo a automação de atividades consideradas perigosas para as pessoas. Além disso, a tecnologia melhora a gestão de riscos e acidentes, colaborando para o trabalho da CIPA, e pode colaborar no monitoramento das atividades mais arriscadas.

No que tange o bem-estar dos empregados, a tecnologia pode ser usada para monitorar a saúde física e mental da equipe, evitando que os problemas ganhem relevância e gerem prejuízos por afastamento, absenteísmo, demissões e até mesmo indenizações.

Neste sentido, a TeleWorld oferece uma gama de produtos e serviços para auxiliar as organizações neste processo. Destaque para o Bafômetro BAS – 20, que ajuda na prevenção do uso do álcool nas empresas com tecnologia de ponta que garante segurança, armazenamento de dados e privacidade dos funcionários. Com fácil utilização e interface simples para gerenciamento, o etiloteste da TeleWorld oferece não só a manutenção da integridade física dos colaboradores como também diminui potenciais acidentes de trabalho com a gestão automatizada de alcoolemia na empresa.

Já a Balança Savety Gestão de Saúde automatiza processos e trabalhos especiais e de risco, trazendo ganhos operacionais, gerenciais e financeiros para a empresa. A balança multifuncional comunica em tempo real o estado de saúde do trabalhador referente a peso, pressão arterial, batimentos cardíacos, índice de massa corporal, bioimpedância e oximetria. Esses por definição da empresa poderão ser enviados aos profissionais de segurança e ou médico do trabalho através de notificações via sistema, e-mail, SMS ou diretamente no aplicativo mobile. Isto facilita as medidas proativas e preventivas de segurança no trabalho e medicina preventiva corporativa.

Cultura da segurança no trabalho: o que é isso?

A cultura da segurança no trabalho é uma construção constante dentro da organização: leva tempo e exige um trabalho consistente de conscientização dos colaboradores. Dessa forma, implantar essa cultura dentro do ambiente corporativo passa necessariamente pela realização de treinamentos e pela adoção de medidas de prevenção de acidentes de trabalho. É importante ressaltar que, para garantir isso, todos os setores da organização devem ser envolvidos.

De maneira geral, entende-se como cultura da segurança no trabalho as crenças e percepções de quem trabalha no local e a forma como as medidas implementadas na empresa são adotadas por esses colaboradores. No sentido hierárquico, isso deve ser avaliado de maneira bem ampla, considerando as atitudes dos diretores até o comportamento dos estagiários ou dos jovens aprendizes, com o objetivo de avaliar de que maneira eles agem na rotina da organização. Isso significa que, para que haja uma cultura de segurança no trabalho, o comportamento deve seguir uma norma de conduta.

O psicólogo Scott Geller criou, em 1989, o que chamou de triângulo da cultura de segurança. Ele é formado pelas pessoas (com suas habilidades, conhecimentos e intenções de agir em conformidade com as normas), pelo ambiente (máquinas, equipamentos, ferramentas e climatização seguros) e pelo comportamento organizacional (que aborda o cumprimento das medidas, a conscientização e o cuidado com a saúde dos colaboradores).

*Crédito da foto principal: Freepik